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quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

brincando com o globo

África sim!

África negra, África branca, África da savana
Pobreza humana, mas de rica gente
Que continente bacana!

Sou África mama, que chora e que ama
pois riquezas lhe forneço
Não só diamante, grão e minério
mas cultura de grande apreço

Violência, pois colonizados...
Viramos continente hostil
Escorrendo sangue e ódio
Por todo canto há guerra civil.

Mas sou eu a cor do mundo
Sem a qual não há graça nem fé
E o orgulho tão profundo
Na capoeira e no Candomblé

Que o mundo me veja e tome vergonha
pois não éramos assim
Saqueados por tantos largados aos prantos
Será esse meu fim?

Temos AIDS, fome,
guerras, exclusão
Temos rico, pobre,
muçulmano e cristão
Temos fé, boa música
e religião
Mas temos a cerne de nossa existência:
a contradição.

América: Qual é teu nome?

Me deram esse nome por causa de um tal Vepúcio
Mas eu preferiria Omágua, Quexua ou Tupi
Sempre negam minha origem
Pois sou indígena, é o que havia aqui!

Nos mataram, escravizaram
Ao todo 30 milhões...
E até hoje, acorrentados
Nos prendemos a outros grilhões!

E hoje dizem com orgulho: salve a América luz do mundo!

Amazônia, Andes, Patagônia e Atacama, o deserto
Que diversos, que lindos, lhe confesso
Mas ao fogo, ao saque estão te queimando
Triste América indígena, agora vive chorando

As elites nos governam
Nos vendendo no atacado
Pras empresas do tio Sam
Continente saqueado

As Américas para os americanos!
Esbravejaram lá do norte
Triste o índio das estepes
não tiveram essa sorte!

E hoje dizem com orgulho: salve a América luz do mundo!

Tuas veias abertas,
respiram outros ares
Pois tem índio presidente
Viva a Bolívia e Evo Morales!

Umbigo europeu

Foi daqui que saiu Mozart
Beethoven, Sartre e Descartes
Sou a Europa inventei meu mundo
O maior Berço das artes!

Fundei impérios, civilizações
fiz maravilhas e ciência
Mas fiz a religião truculenta
que mais matou, peço clemência.

Mas do meu ventre também criei
Tanta coisa bela, prosa e lirismo
E me assusto com um monstro gerado
O mais cruel, o capitalismo

Sou narciso, pois que não me parece
Não considero civilizado
Como os índios da Amazônia
Que povo estranho, atrasado...

Mas vejo meu umbigo
Tantas nações daqui saíram
E confesso para o mundo
Proletários: uni-vos!



A ÁSIA NÃO É AMARELA!

Sempre fui associada
Ao belo e exoterismo
Mas sou grande e multifaces
Do multiculturalismo

Sou a Ásia gigantesca
Rússia, China, Índia e Japão
Tanto quanto pitoresca
Da ordem futura serei coração

Tenho estepes, pradarias
Himalaia e vulcanismo
Tsunami, terremoto
E na Indonésia um grande abismo!

Hinduísta, Buda e Ganges
Somos mais de 2 bilhões
Ásia rica, Ásia pobre
Carregada de emoções

Média parte do oriente
Tem também o islamismo
Que maldoso comentário
O associa ao terrorismo

Tem Iraque, Irã, Arábia
Tem o povo Palestino
Massacrado e rotulado
Jogando pedras como menino!

Temos fé, temos potências
Eis o centro mundial
China e Índia são dos BRICs
Futura alternativa global

OCEANIA, ILHAS E ILHAS

Fui presídio de europeu
Colônia de povoamento
Mas heróica e bravamente
Meu futuro reinvento

Nova Zelândia e Austália
Nova Guiné e Micronésia
Salomão e Vanuntu
Ilhas Marshall , Polinésia

Koala, ornitorrinco
Pula muito o cangurú
Tem diabo da tasmânia
Nas ilhas Tuvalú.

Surf, praias, gado e minério
E um deserto bem grandão
Crocodilo boca grande
Na água quente tubarão

Que continente!
Mil maravilhas!
Sou a Oceania...
Terra de muitas ilhas!


Estevan Bartoli




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